A mudança de rota que fez o Goldman Sachs surfar onda de alta em 2024

O Goldman Sachs é uma renomada instituição financeira global, líder em serviços de investimento, gestão de ativos e banco de investimento. Fundado em 1869, o banco tem sido uma influência marcante nos mercados financeiros ao longo dos anos, adaptando-se continuamente para enfrentar desafios e aproveitar oportunidades no cenário econômico mundial.
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O Goldman Sachs, um dos maiores bancos de investimento do mundo, surpreendeu o mercado financeiro em 2024. Após algumas decisões estratégicas significativas, a instituição viu suas ações subirem mais de 30% no ano.

Mas o que realmente impulsionou essa alta impressionante? Vamos entender a história por trás dessa mudança de rota e como o Goldman Sachs conseguiu reverter a maré a seu favor.

Conheça a Goldman Sachs

Fundado em 1869, o Goldman Sachs é um nome de peso no setor financeiro global. Conhecido por suas operações em investimento bancário, gestão de ativos e serviços financeiros, o banco tem uma longa história de influência nos mercados.

No entanto, nem sempre tudo foi um mar de rosas para a instituição. Nos últimos anos, o banco enfrentou desafios significativos, especialmente com suas incursões no mercado de consumo.

Informações gerais

Em 2024, o Goldman Sachs fez uma série de mudanças estratégicas importantes que contribuíram para sua recuperação. Uma das decisões mais impactantes foi o fechamento de seu segmento de banco de consumo, Marcus. Este movimento seguiu a divulgação de uma perda de US$ 470 milhões, resultado de empréstimos pessoais mal-sucedidos. Embora essa incursão no mercado de consumo tenha sido um fracasso, a decisão de cortar suas perdas e focar em suas principais competências foi fundamental.

Desde abril, as ações do Goldman Sachs subiram de US$ 336 para um pico histórico de US$ 470 em maio, e atualmente estão em torno de US$ 452. Analistas, como Mike Mayo da Wells Fargo Securities, estão otimistas, prevendo que as ações podem ultrapassar a marca de US$ 500 no próximo ano.

Mike Mayo atribui a recuperação rápida à decisão de abandonar os produtos financeiros de consumo e voltar às raízes do banco, focando em grandes empresas e mercados bancários globais. Segundo ele, o segmento de consumo nunca foi o forte do Goldman, e a incursão nesse mercado desviou a atenção e recursos da administração.

Além do fechamento do Marcus, o Goldman também vendeu a GreenSky, uma plataforma de empréstimos para melhorias residenciais, à Sixth Street por um valor estimado entre US$ 62 milhões e US$ 500 milhões. Apenas dois anos antes, o Goldman havia comprado a empresa por US$ 2,24 bilhões, uma operação que agora é vista como um investimento pouco sensato.

Goldman na era pós-varejo

Com o varejo fora do caminho, o Goldman Sachs está redirecionando seu foco para a gestão de ativos e fortunas, áreas em que sempre teve uma forte presença. O banco pretende aumentar os retornos dos investimentos, que foram de um dígito no ano passado, para mais de 10% em 2024 e cerca de 15% a longo prazo. No mês passado, o banco arrecadou mais de US$ 20 bilhões de investidores privados para empréstimos diretos, destacando sua capacidade de atrair grandes somas de capital.

Outro fator que pode impulsionar ainda mais o Goldman Sachs é a possível redução dos requisitos de capital pelo Federal Reserve. Isso liberaria capital para investimentos adicionais, fortalecendo ainda mais a posição do banco no mercado.

Apesar dos desafios, o desempenho das ações do Goldman Sachs tem sido notável. Nos últimos cinco anos, as ações valorizaram 131%, e mais de 500% desde que o banco abriu seu capital há 25 anos. Esta trajetória ascendente reflete não apenas as decisões estratégicas recentes, mas também a resiliência e adaptabilidade do banco ao longo do tempo.

Enquanto o Goldman Sachs se recupera, o mercado financeiro mais amplo tem mostrado resultados variados. Os concorrentes do Goldman, como Wells Fargo, Bank of America, JPMorgan Chase e Citigroup, também tiveram valorização de ações, mas em uma escala menor. O S&P 500 aumentou 15% no acumulado do ano, enquanto o ETF SPDR S&P Bank permaneceu relativamente estável.

Conclusão

A mudança de rota do Goldman Sachs em 2024 é um exemplo claro de como decisões estratégicas podem transformar uma empresa. Ao abandonar os produtos de consumo que não deram certo e focar em suas principais competências, o banco conseguiu reverter uma situação desafiadora e emergir mais forte do que nunca. Com um futuro promissor à frente, o Goldman Sachs está bem posicionado para continuar sua trajetória de sucesso nos mercados globais.

Esta recuperação notável também serve como um lembrete da importância de reconhecer e corrigir rapidamente os erros, algo que o Goldman Sachs fez de maneira exemplar. Com as ações em alta e novas oportunidades de crescimento no horizonte, o banco está pronto para enfrentar os desafios futuros e continuar a ser um líder no setor financeiro global.

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Leo Fittipaldi
Leo Fittipaldi
Fundador da Dolarame e analista de investimentos certificado (CNPI 3214). Já foi analista de risco na maior Asset do Brasil, atuando em fundos de investimentos com alguns bilhões de reais sob gestão. Atualmente é um dos maiores especialistas em investimentos internacionais do país.

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